Introdução ao Muay Thai - II (continuação)

Para quem procura na prática de uma arte marcial um meio de defesa/ataque eficaz encontra decididamente no Muay Thai um sério candidato.
Não nos esqueçamos que esta arte marcial (que se tornou num desporto de combate) foi apurada - em termos de eficácia - ao longo dos séculos e até aos nossos dias, através da popularidade dos combates no dia a dia do povo tailandês. Diariamente são disputados combates em recintos e estádios criados propositadamente para o efeito (a televisão exibe também regularmente este tipo de eventos).

As crianças começam a treinar desde tenra idade (com 5 ou 6 anos) e inclusive a disputar combates.
Esta arte tornou-se, para muitos praticantes, um meio de subsistência como qualquer outra profissão.

É o desporto tradicional da Tailândia, onde diariamente e por todo o país existem renhidas competições, onde as pessoas apostam freneticamente nos lutadores. Em Banguecoque esses combatentes têm mais lutas profissionais em cinco anos do que a maioria de outros lutadores terão em toda a sua vida.

Uma singularidade desta arte marcial é o acompanhamento musical de tambores, címbalos e flauta de java, durante os combates.

Igualmente outra característica sui generis é o ritual que os lutadores fazem no ring antes do combate, ritual este denominado de Ram Muay. Os expert's conseguem identificar, através de observação do Ram Muay, qual a escola de proveniência do lutador.

O ritual é executado segundo tradições ancestrais (de influência budista) e divide-se em 3 partes;
  • Saudação ao público,
  • Dança que permite a concentração do atleta e o afugentar dos medos,
  • Homenagem ao seu treinador/mestre (Waikrut).

No final do Ram Muay o atleta retira a corda entrançada que ostenta na cabeça como uma coroa (MongKon), que pertence ao treinador para assim dar inicio ao embate.
Todo este ritual poderá durar vários minutos.

Texto por; Paulo Oliveira

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